esfihas De carne, de queijo, de frango com catupiry, de chocolate

Conhecida no Brasil como Esfiha, Esfirra ou Spiha, essa delícia tem sua origem disputada pela Síria e pelo Líbano, países vizinhos cujas fronteiras sempre mudaram de tamanho. Entretanto, existem relatos de uma receita semelhante à esfiha entre os fenícios, que habitaram a costa do Mar Mediterrâneo há 3.500 anos!! Como naquela época os territórios que depois seriam o Líbano, Síria e Israel ainda eram muito disputados e sempre em constantes modificações, acho que o correto é atribuir a origem da esfiha aos fenícios (E, sendo assim, é uma das receitas mais antigas que eu conheço!!).
Hoje ela também é encontrada tradicionalmente em vários países do Oriente Médio, como Jordânia, Palestina e Iraque.




(O Google Tradutor me disse que a pronúncia é mais parecida com “Sâfirra” que “Esfirra”. Aqui, a palavra “esfirra” escrita em árabe, vinculada ao Tradutor do Google, onde pode-se ouvir a pronúncia correta صفيحة‎. Clique na palavra em árabe e quando o link do Tradutor do Google abrir, clique em “ouvir”.)

Originalmente, as esfihas abertas eram feitas com carne de carneiro, de boi, queijo, coalhada e verduras temperadas.
Atualmente, a culinária brasileira acrescentou frango com catupiry, carne seca, chocolate e outros recheios, à massa original.

Minha preferida de sempre é a de carne bovina. Gosto também da de queijo, mas apenas para comer junto com a de carne. Acho a de queijo muito forte para comer em separado.
Como são muitas as receitas de recheio (minha filha adora a de chocolate), vou ensinar como fazer a massa e o recheio de carne. Daí, mais abaixo, falarei dos outros recheios.
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(Essa receita faz 12 esfihas grandes)

Ingredientes para a massa. 
½ quilo de farinha de trigo.
300 ml de água.
80 ml de óleo.

20 gramas de fermento biológico.
10 gramas de sal.
30 gramas de açúcar.
Recheio de carne:
½ quilo de carne moída (Capa de Filé).
2 cebolas médias.
2 tomates maduros picados sem semente.
2 limões.
10 gramas de sal.
Pimenta síria a gosto.
50 gramas de Tahine (ou coalhada).
Modo de preparo
Para o recheio, em uma vasilha misture todos os ingredientes e amasse bem com as mãos. Deixe descansar para o tempero penetrar bem na carne e reserve.
Para a massa, coloque em uma vasilha a água, o fermento, o sal e o açúcar e misture. Deixe descansar por cerca de 3 a 5 minutos. Em uma tigela, coloque a farinha de trigo e acrescente a mistura descansada. Misture tudo deixando uma massa lisa e homogênea. Deixe descansar por aproximadamente 45 minutos. Em seguida, enrole a massa fazendo tipo nhoque. Corte com espessura de 2 dedos, distribua sobre em uma assadeira untada com óleo e deixe descansar e crescer por  cerca de 10 a 15 minutos. Passe óleo na ponta dos dedos e abra cada bolinha, dando formato a esfiha aberta. Disponha o recheio e leve ao forno quente (230ºC) por aproximadamente 10 minutos ou até que fique bem dourada. Retire do forno e sirva ainda quente.

UPDATE

Depois de algumas tentativas, achamos as medidas corretas!
Cada esfiha usa 20 gramas de massa. O recheio para essa medida é uma colher de sopa (15 mls) de recheio!

DICA
NÃO use nada de metal para preparar a massa! Faça tudo em vasilhas de plástico ou madeira, não use colheres ou qualquer utensílio de metal, até que a massa tenha descansado por 45 minutos!
Se usar algo de metal, é provável que a massa não cresça! (Mais detalhes sobre o problema existente entre fermento e metal., veja a explicação aqui, em nossa receita de Pretzel.)

Outros recheios

Frango

1/2 quilo de peito de frango cozido, levemente temperado e desfiado.
1 cebola média.
2 dentes de alho amassados.
2 colheres de sopa de catupiry.
Sal e pimenta do reino a gosto.
Misture todos os ingredientes e amasse bem, até ficar bem unificado. Verifique o tempero e deixe descansar por alguns minutos. Lembre de deixar o frango bem escorrido, para não molhar demais a massa. Depois de assado, coloque mais um pouco de catupiry sobre o recheio, ainda quente.

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Queijo

400 gramas de queijo mussarela ralada.
100 gramas de queijo branco ralado.
2 colheres de sopa de creme de leite.
Algumas folhas de hortelã bem picadinhas.
Misture bem todos os ingredientes e prove, para ver como está o sal. Às vezes, dependendo do queijo, pode ser preciso colocar um pouco mais.

Carne seca

1/2 quilo de carne seca já lavada, dessalgada e desfiada.
1 pimentão vermelho, bem picado.
1 cebola média bem picada.
2 colheres de sopa de azeitonas verdes, picadas.
1 colher de sopa de cebolinha, picada.
1 colher de requeijão cremoso.
Pimenta do reino e/ou pimenta vermelha, a gosto.
Misture tudo e deixe descansar um pouco, antes de colocar na massa. Depois de assadas, pode fazer um pequeno enfeite sobre o recheio, com requeijão ou catupiry.
 
Chocolate
Faça o brigadeiro de sua preferência, ou compre uma latinha de brigadeiro pronto. Fica bom também com Nutella ou uma mistura de brigadeiro e Nutella. Depois de assadas, coloque um pouco de chocolate granulado por cima!
Esfiha é uma comida muito adaptável e você pode rechear com praticamente qualquer coisa. Qualquer variação legal, não deixe de nos contar!!


 Bolas de 20 gramas de massa

Uma colher de sopa (15 mls) de carne


















Chili-guacamole

Gostamos muito de experimentar novos sabores. Thâmara gosta muito de comida japonesa, eu tenho uma queda forte pela chinesa.
Essa procura por novos sabores já nos levou para alguns não muito legais e para outros que passamos a amar!
É o caso da culinária mexicana. Simplesmente adoramos comida mexicana! 

O chili (com um “L” só) é o nome de uma pimenta mexicana, comum na maioria dos pratos salgados de lá.

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(A pimenta chili é uma parente da nossa pimenta malagueta, o sabor é bem similar. Para replicar o sabor, amasse 2 pimentas malagueta e uma pimenta Dedo-De-Moça. O gosto fica idêntico.)

A receita típica original mexicana, é chamada de “Chili con Carne”, preparada basicamente com temperos regionais, chili, feijão e carne. Ela pode ser feita tanto com carne de vaca quanto com carne de porco. Sua origem se perde no passado do país, mas existem referências que a datam com mais de mil anos!

Com o passar do tempo, houve alterações na receita original tanto por parte do espanhóis colonizadores quanto por parte dos vizinhos americanos. Mesmo dentro do México, a receita foi sendo modificada, quer por razões geográficas ou sociais. Quando os americanos começara a produzir a receita em seu país, mudaram o nome para “Chili and Beans” (pimenta e feijão) e eventualmente Chili-beans. Uma das explicações para isso é que a receita americana nem sempre continha carne. Eventualmente, o nome do prato foi reduzido apenas a “Chili”, o que ainda hoje gera alguma confusão.

Ainda nos Estados Unidos, existe uma outra versão do Chili, que é feito SEM o feijão! É chamada de “Chili ao Estilo do Texas” e é basicamente carne com chili, tomates e temperos. Existe também uma variação mexicana chamada “Três Feijões” que com o nome indica leva 3 tipos de feijão e não usa carne.

O Chili é normalmente acompanhado por “tortillas” um tipo de biscoito de milho, bem sequinhos. Eu costumo substituir as tortillas (que não encontro para comprar e que eu acho difíceis de fazer) por “Doritos Nacho” ou “Doritos Queijo Nacho”. Eles são bem similares às tortillas e bem mais fáceis de encontrar. Se for comprar, use sempre os “Nachos”, do saquinho vermelho!

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Um prato que normalmente acompanha o Chili é a Guacamole, receita azteca a base de abacate, cebola e tomates. A afinidade entre as duas comidas é tão grande, que uma outra comida tradicional mexicana, os Tacos, são feitos com guacamole e chili, servidos em camadas em uma “tortilla” macia. Embora os tacos sejam feitos com variações imensas, que vão desde camarões a lingüiças, os tradicionais usam guacamole e chili original.

Assim, decidimos colocar as duas receitas no mesmo post.

Por ter mais passos em sua confecção, vamos começar com o Chili. Optamos por uma receita clássica, com algumas pequenas variações modernas, como o queijo prato.

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CHILI
Ingredientes

1 colher de sopa de azeite

1 cebola ralada ou bem picada

4 dentes de alho amassados

1 colher de chá de orégano

1 folha de louro

300 g de carne moída

2 xícaras de chá de purê de tomate

1 colher de café de cominho

2 xícaras de chá de feijão cozido (escorrer o caldo) (Feijão roxo, roxinho ou vermelho)

1 colher de sopa de salsa picada

Molho de pimenta

4 colheres de sopa de queijo prato ralado grosso

 

Modo de Preparo

1. Aqueça o azeite em uma panela e refogue a cebola e o alho. Quando estiver ficando dourado, acrescente o orégano e o louro. Refogue mais um pouco e adicione e a carne moída. É importante que fique misturando até a carne fritar, para ficar soltinha. Frite por uns 5 minutos. 

2. Junte o purê de tomate e o cominho. Misture bem e deixe ferver até engrossar um pouco.

3. Acrescente o feijão, bem escorrido e a salsa picada. Abaixe o fogo e deixe ferver por mais 10 minutos.

4. Adicione o molho de pimenta, misture bem e desligue o fogo.

5. Passe para uma vasilha refratária e polvilhe o queijo prato ralado. Sirva quente!

Observação! Essa receita NÃO LEVA sal! O sal virá das “tortillas”, ou no nosso caso, dos Doritos!
Se optar por não comer com tortillas ou doritos, acrescente sal a gosto.

    Guacamole

GUACAMOLE

Ingredientes

· Abacate 1 unidade, sem caroço e descascado.

· Tomate 1 unidade, sem pele e sementes, cortado em cubos

· Cebola 1/2 unidade, bem picadinha

· Chilli 1/2 unidade, picada (ou uma pimenta malagueta e meia dedo-de-moça, picadas)

· Limão 1/2 colher de sopa do suco

· Coentro 1/2 colher de sopa, picado

· Sal   a gosto

Modo de Preparo

1. Em uma tigela amasse a polpa do abacate com um garfo.

2. Acrescente os tomates, a cebola, as pimentas, o coentro e o suco de limão. Misture bem.

3. É melhor preparar a Guacamole duas horas antes de servir, para ficar frio. Porém o abacate, uma vez aberto, tende a escurecer. Para evitar que isso aconteça, mantenha a mistura em um recipiente com tampa hermética, juntamente com o caroço de abacate.

Costumamos usar os doritos para fazer mini-tacos, forrando com guacamole e cobrindo com chili. Já vi gente usar massa pronta de pastel, para fazer tacos e enchiladas. São boas idéias, na falta de tortillas.

Prontos
Pesquisando a origem do Pretzel, descobri que ele pode ter sido criado por monges alemães ou padres franceses. Pode ter seu nome derivado de um pão ou uma pulseira romana e pode ter sido criado em uma competição entre padeiros ou para premiar crianças que decoravam suas orações.
Quer dizer, li um bocado e não faço a mínima idéia!

Essa receita, modificada um pouco com o passar do tempo, não mais se assemelha àquela de pretzels doces, vendidos por grandes franquias como a “Mr. Pretzel”.
Não é a receita daqueles Pretzels durinhos, normalmente finos e salgados.

Embora eu goste muito do pretzel do “Mr Pretzel”, eles tem uma mania horrorosa de rechear que eu não agüento! E pessoalmente, eu acho a massa deles muito elástica. É uma delícia, mas hoje gosto mais dessa receita que, com algumas pequenas adaptações, é a mesma que minha avó fazia para a família, nos finais de ano.
E é simples de fazer, vamos lá!

Ingredientes

Ingredientes
- 3 xícaras (chá) de farinha de trigo (Dias frios podem requerem um pouco mais de farinha. O ponto ideal é quando não está mais grudando nos dedos)
- 1 xícara (chá) de água morna
- 2 colheres (sopa) de manteiga em temperatura ambiente
- 1 colher (sopa) de açúcar
- 1/2 colher (chá) de sal
- 1 envelope de fermento biológico seco (10g) ou 1 tablete de fermento fresco (15g) 
 
Para banhar os pretzels: 
- 500g de manteiga derretida e morna 
 
Para polvilhar:
- Canela e açúcar (Eu só uso canela e açúcar! Uma xícara de açúcar cristal e uma colher de café de canela, bem misturados. Mas já fiz com outras misturas, essas duas abaixo foram testadas e também são legais)
- Queijo parmesão ralado
- Chocolate em pó 
 
Massa Massa antes e depois de descançar
Modo de Fazer:
Em uma tigela misture a água morna com o fermento até dissolve-lo, junte a manteiga, o açúcar, o sal e a farinha.
Misture até ficar uma massa homogênea, cubra e deixe descansar por 15 minutos.
Sobre uma superfície lisa polvilhada com farinha de trigo, coloque a massa e divida em 12 pedaços. Faça rolos e modele-os no formato de pretzel. (Ou qualquer outro formato. A minha esposa Thâmara gosta de faze-los em formato de pãozinho, mas o clássico, além demais charmoso, espalha melhor o açúcar.
Claro, tendo criança em casa, não é possível fazer em um único formato. Então de uma variada, faça em formato de lacinho, trança, nó cego e arroba!!)

Coloque-os numa assadeira untada com manteiga e polvilhada com farinha de trigo, deixe descansar por 30 minutos.
Leve ao forno bem quente (350ºC), asse por 5 a 8 minutos ou até dourar ligeiramente. Retire do forno, passe rapidamente pela manteiga derretida e polvilhe com a cobertura desejada. 

Para assar A massa cresce muito!!
Thâmara prefere sem o açúcar com canela. Na verdade, ela o corta no sentido horizontal e passa manteiga por dentro, comendo como um pãozinho.
Funciona bem também se você passar requeijão com geléia de morango.
Fica muito gostoso, mesmo! Mas eu ainda prefiro com açúcar e canela.

Assados Assados
DICA IMPORTANTE!!
NÃO USE nada de metal, até a massa descansar os 15 minutos!!
Descobrimos, tarde demais, que se você usar uma colher de metal para pegar a manteiga, ou bater em uma vasilha de metal, o fermento começa a reagir com algumas dessas moléculas de metal que acabam se unindo à massa e a massa não cresce!
Faça TUDO sem usar metal. Copos de vidro, colheres de plástico, vasilha de madeira, vidro, plástico, o que quiser, mas NÃO USE METAL!
Depois que a massa descansar por 15 minutos e crescer, aí pode colocar nas formas de metal para assar, porque o fermento já começou a catalisar, o metal não interfere mais!!
É a ciência, ajudando a comida a ficar gostosa e fofinha!

Essa receita é da minha mãe. Devem haver similares, mas essa foi criada por ela, até onde eu sei.
Em casa nós a chamamos de “Lagarto Gelado” mas minhas filhas sempre riam quando eu dizia que o nome da receita era “Calango Resfriado”.
E não, não é feito com carne de réptil, é com uma parte do boi chamada Lagarto.

É uma receita ótima para dias quentes. Pode ser servida como refeição ou no lanche da tarde.
E é sempre legal abrir a geladeira de madrugada e achar uma coisa dessas lá dentro, esperando!

Eu gosto de comer com pão francês, mas funciona também com pão sírio, pão de cachorro quente e mesmo sem acompanhamento. Muito versátil e saborosa! 


Ingredientes

1 Lagarto (o tamanho varia muito, mas deve pesar entre um quilo e um quilo e meio)
6 Cebolas grandes
Uma Xícara de Vinagre
Folhas de Louro
Cravo
Sal
Azeite
Papel Alumínio










Modo de Fazer
Cozinhe o lagarto em 1 xícara de vinagre e uma xícara de água, alguns dentes de cravo e folhas de louro.
Cozinhe em fogo baixo por pelo menos uma hora, até você furar a carne com uma faca e não sair sangue. Reserve o caldo.

Retire a carne da panela e a embrulhe, ainda inteira, em papel alumínio e coloque no congelador. Ela não precisa ficar realmente congelada, mas deve ficar bem firme. Eu normalmente deixo passar a noite no congelador.
Enquanto a carne congela, fatie as cebolas e as frite em azeite, rapidamente. Deixe fritar por uns 5 minutos e acrescente o caldo que sobrou do cozimento da carne. Misture bem com as cebolas e acrescente sal, se achar necessário. O molho vai ficar ligeiramente ácido. Deixe esfriar em vasilha tampada. Pode guardar na geladeira até a carne estar congelada.
Tire a carne, já dura, do congelador e fatie em pedaços finos, o mais fino que você conseguir. Se tiver uma máquina de fatiar, melhor ainda. Eu uso uma faca de bom corte.
Forre uma pirex com um pouco do molho, coloque uma camada da carne fatiada por cima e cubra com mais molho. Vá fazendo camadas, com atenção para que todas as fatias de carne fiquem em contato com o molho.
Guarde de volta na geladeira e está pronto para servir! Essa receita tem vantagens bem legais. Porque tem uma boa quantidade de vinagre, a carne se mantem íntegra e boa para comer por vários dias, como uma conserva. É ótima para comer vendo TV e para oferecer a visitas!!









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Existem várias receitas diferentes de Bolo de Cenoura.
A americana, por exemplo, leva passas, nozes, canela e a cenoura é apenas ralada, não triturada.
Uma receita portuguesa leva coco ralado e laranja!
Existem várias receitas de bolos por toda a Europa que usam cenoura. Acredita-se que na idade média, o açúcar de cana, caro e raro, era muitas vezes substituído por raízes adocicadas, como a cenoura. Assim, muitos bolos que não são conhecidos como “bolo de cenoura” levam essa raiz.
Na Inglaterra os “carrot puddings” (Pudins ou bolos de cenoura)  começaram a aparecer nos livros de receitas em meados do século XVIII.
Durante a Segunda Guerra Mundial, bolos e sobremesas voltaram a usar cenouras, pela dificuldade em se obter açúcar (Açúcar era conseguido também de batatas e beterrabas).

“O bolo de cenoura como conhecemos hoje no Brasil é recente, deve ter uns 30 anos. Pesquisei diversos livros brasileiros que vão de 1933 a 1965 e não achei nada. Nenhuma receita de bolo de cenoura”, disse Marcelo Bergamo, coordenador do curso de gastronomia da Universidade Metodista de São Paulo.
Pode ser.
A receita que eu tenho, minha mãe aprendeu com minha avó, o que coloca sua existência em um período anterior aos tais 30 anos, mas talvez a explicação seja que a receita de minha avó, de tão simples, não tenha ido parar em nenhum livro pesquisado pelo professor Bergamo.

Essa receita de minha avó é simples e rápida, como acho que toda receita deliciosa deveria ser.

INGREDIENTES:
1/2 xícara (chá) de óleo
3 cenouras médias raladas
4 ovos
2 xícaras (chá) de açúcar
2 1/2 xícaras (chá) de farinha de trigo
1 colher (sopa) de fermento em pó
Cobertura
1 colher (sopa) de manteiga
3 colheres (sopa) de chocolate em pó ou Nescau
1 xícara (chá) de açúcar
5 colheres de leite (dependendo de como se quer a calda)
MODO DE PREPARO:
Bata tudo no liquidificador, primeiro a cenoura com os ovos e o óleo, depois os outros ingredientes misturando tudo, menos o fermento.
Deixe para misturar o fermento
lentamente, com uma colher.
Coloque a massa em uma forma untada com manteiga e farinha e asse em forno pré aquecido (l80ºC) por 40 minutos.
Espere o bolo estar pronto, para fazer a cobertura.
Assim que tirar o bolo do forno, faça a cobertura:

calda-de-chocolate-simples
Coloque todos os ingredientes em uma panela e leve a fogo baixo, mexendo sempre.
Quando formar uma calda, retire do fogo e coloque sobre o bolo ainda quente.
Se deixar a calda tempo demais no fogo, ela vai ficar dura, criando uma casquinha sobre o bolo. Eu gosto!
Se preferir a calda mais molinha, como um líquido grosso, acrescente à mistura as 5 colheres de leite. Ela fica escorrendo e eu também gosto muito!!

Eu faço em forma retangular, mas funciona também naquelas furadas ao meio.
Eu coloco a calda sobre o bolo antes de corta-lo, mas você pode cortar em cubos primeiro e cobrir cada parte com a calda, depois!
E você ainda pode cortar o bolo ao meio, na horizontal, e rechear com a calda! Nesse caso, dobre a receita da cobertura!!


bolo de cenoura com cobertura de chocolate durinha

















Mousse-01
Mousse em francês significa “espuma”. E um mousse bem feito é exatamente isso, uma espuma, leve, macia…Adoramos mousse, de todos os tipos. Mesmo os salgados!
Historicamente, acredita-se que o mousse tenha vindo de Roma, de uma mistura batida de mel e vinho, chamada muslum. Existem referências que o muslum podia ser feito também com uma mistura de mel, leite e frutas. 
Existem registros que informam que a palavra mousse foi primeiramente usada para uma sobremesa na Inglaterra, nomeando um doce aerado. Apenas no século XIX a palavra teria sido atribuída ao doce na França. Ainda assim, são os franceses os criadores do mousse como conhecemos hoje.
O mais tradicional dos mousses franceses é o de chocolate (mousse au chocolat), cuja criação é atribuída ao pintor francês Henri Toulouse-Lautrec! Quando criou a sobremesa, ele a chamou de “maionese de chocolate”. (Lautrec também criou o coquetel “Terremoto” [Tremblement de Terre], que já foi proibido várias vezes e até declarado perigoso para a saúde pública! Consiste em uma mistura de 1/2 parte de absinto, 1/2 parte de conhaque, batido com gelo em uma coqueteleira).

Moulin Rouge, Toulouse-Lautrec

O mousse com sabores de frutas é feito pelo mundo todo e normalmente se adapta à flora regional. Com inclinação para frutas ácidas, é comum o mousse de pêra na Ásia, de amora, framboesa e morango na América no Norte, de tâmara no oriente.
No Brasil, foi adaptado para vários sabores, como limão, manga e maracujá.

O de maracujá é o nosso preferido, e a receita que vamos ensinar é bem bonita além de deliciosa!!
(E, para quem se preocupa com isso, não, a gelatina não será misturada ao mousse, ele vai ficar firme sozinho, a gelatina tem outra função!)

Ingredientes
1 pacote de gelatina de limão
1 pacote de gelatina de maracujá
1 lata de leite condensado
A mesma medida de creme de leite
A mesma medida de caldo de maracujá. (Algumas pessoas preferem comprar o suco concentrado de maracujá e alguns são até bons. Mas o melhor mesmo é comprar a fruta)
Dica
Se você quiser usar o suco real da fruta, tem uma maneira bem fácil de separar o caldo dos caroços, sem quebra-los. O caroço quebrado deixa o suco amargo.
Faça assim: Corte os maracujás ao meio e raspe com uma colher todo o conteúdo, polpa e sementes, diretamente para dentro do liquidificador. Tente não arrancar também a parte branca, apenas a polpa laranjada e os caroços. A quantidade depende muito do tamanho e idade do maracujá, mas se você tiver meia dúzia deles, vai dar a medida com sobra para um suquinho!
Coloque também no liquidificador 1/4 de copo de água gelada. Agora, para separar o caldo, ligue e desligue o liquidificador bem rapidamente. Ele não deve ficar ligado nem por um segundo. Ligue e desligue, várias vezes. Tem que ser assim, para não quebrar os caroços. Faça isso por diversas vezes, até notar que os caroços estão indo para o fundo do copo do liquidificador. Essa é a hora de passar o líquido pelo coador. Se notar que ainda sobrou muita polpa, leve essa polpa de volta para o liquidificador, mais um pouquinho de água gelada e faça novamente o processo de liga-desliga.

Modo de fazer
Primeiro, com duas horas de antecedência, prepare a gelatina de limão e distribua pelas taças. Eu uso uma colher, para não espirrar muito. Nessa receita, com taças de vinho, foram 6 colheres de sopa em cada taça. Uma boa alternativa é fazer a gelatina com um pouco menos de água do que a receita pede. Dissolva em apenas 200 ml de água (e não 250) e na hora de colocar a água fria, troque os 250 ml por 200, de novo. Isso faz uma gelatina mais firme e que endurece mais rápido.
Coloque as taças na geladeira e espere a gelatina endurecer.

Quando a gelatina de limão já estiver dura, faça o mousse.Bata o leite condensado, o creme de leite e o suco de maracujá (sem sementes!) no liquidificador, por uns 5 minutos. Deixe bater bastante para a massa ficar bem aerada. Quando ele endurecer, ficará bem fofinho.
Tire do liquidificador diretamente para as taças. Derrame com cuidado, para não furar a gelatina. Essa quantidade foi suficiente para oito taças, mas como o tamanho delas pode variar, compensa medir tudo antes.

Volte as taças para a geladeira e deixe descansar por uns 20 minutos.
Faça agora a gelatina de maracujá, seguindo a mesma regra de colocar um pouco menos de água.
Quando ela estiver bem misturada, pegue novamente as taças e, usando uma colher, coloque LENTAMENTE a gelatina sobre o mousse. Com o mousse bem batido, ele fica muito aerado e se a gelatina cair com força, vai fazer furos no mousse e misturar. Coloque a gelatina com cuidado, derramando com colher pelas laterais da taça. Se fizer devagar, não vai misturar.
Volte para a geladeira e sirva quando a gelatina estiver firme!
Não é só gostoso, é lindo!!

Observação; gelatina reage com massas feitas a base de leite. Se demorar para comer o mousse, parte da gelatina que fica em contato com ele vai liquefazer. Não estraga o mousse nem muda o gosto, mas fica aquela “agüinha” e não achamos legal. Se pretende fazer para deixar guardado na geladeira por alguns dias, é conveniente colocar um pouco de gelatina na mistura do mousse. Tanto faz se for gelatina sem sabor ou de maracujá. E pode ser bem pouquinho, uma colher de sopa de gelatina já derretida deve bastar. Se tiver gelatina no mousse, a gelatina de fora não reagira com ele e não vai haver “agüinha”.


O arroz é um alimento extremamente versátil!
São centenas os pratos que podem ser feitos com arroz. Cozido, requentado, assado, com carnes, com vegetais.
Tem até arroz doce! Poucas são as comidas que não são bem acompanhadas por arroz.

Entretanto, este é o primeiro prato que eu conheci feito especificamente para ser comido com o arroz frio!
Fui apresentado a ele pela Conceição há muitos anos. De lá pra cá, fiz algumas alterações na receita original que, imagino, também sofreu algumas mudanças.

É um prato rápido de fazer, gostoso e perfeito para dias quentes.
Ou para lanchinhos da tarde!



Ingredientes
6 xícaras de arroz cozido e já resfriado
300 gramas de queijo prato cortado em cubinhos. (Pode ser mussarela)
4 maçãs verdes descascadas, cortadas em cubinhos.
3 cenouras descascadas e cruas, cortadas em cubinhos.
300 gramas de presunto magro, cortado em cubinhos.
300 gramas de peito de peru defumado, cortado em cubinhos.
Vinagre de maçã.
Catchup.
Mostarda.
Caldo de dois limões.
Pimenta do Reino.
Sal a gosto.

Modo de fazer:
Considere que NADA mais será cozido! O arroz já deve estar pronto, pode ser até a sobra do dia anterior. Não se frita ou cozinha mais nada. A confecção dessa receita é apenas na mistura, nada de colocar no fogo, cozinhar a cebola ou fritar o presunto. As verduras devem ser colocadas cruas!
Esprema o suco dos limões e coloque os cubinhos de maçã de molho, por alguns minutos, para que eles não escureçam.
Acrescente todos os sólidos (menos a pimenta e o sal) em uma vasilha funda de boca larga, e misture bem. Aos poucos, vá acrescentando o vinagre, catchup, mostarda, pimenta do reino e sal até o sabor ficar ligeiramente ácido e agradável. Não deixe ficar molhado demais, a ponto de acumular líquido no fundo da vasilha.
Leve à geladeira e deixe esfriar. Misture novamente sempre que for servir.
Você pode fazer todo o tipo de alterações nessa receita. Pode acrescentar calabresa, queijo parmesão, pode faze-la vegetariana ou usar apenas carne de aves. Pode usar sobras de churrasco, picado em pequenos pedacinhos ou as sobras do frango assado.
Dependendo da verdura que decida usar, um cozimento pode ser bom, como no caso de beterrabas.
Não funcionou muito bem com requeijão cremoso, não recomendo!





















Melancia
Essa receita tem cara e sabor de infância pra mim. Sempre quando a minha mãe comprava melancia, eu já ficava babando pelo doce que viria depois.
Receita boa e fácil de fazer.

Ingredientes:
  • Uma melancia
  • Meio quilo de açúcar
  • Cravo e Canela em pedaços
Modo de preparar:

Primeiro, escolha uma melancia de bom tamanho. A que eu comprei para essa receita pesava 5 quilos.
Corte a melancia como de costume, A maioria das pessoas gosta de comer em fatias, eu gosto de cortar ao meio e comer com colher. Depois que tiver comido, raspe as sobras da parte vermelha, porque o doce só usa a parte branca. Raspe o vermelho com uma colher. Não precisa remover completamente o vermelho, mas deixe de uma tal maneira que você possa ver a parte branca, como na foto abaixo.
Depois que tiver raspado a parte vermelha, remova a primeira camada da casca. Essa camada é a parte verde do lado de fora da melancia. É preciso remover aquela pele. Eu uso um ralo desses de cozinha, mas pode raspar com uma faca também. Apenas tenha o cuidado de não deixar nenhuma parte dura da casca.
Quando ela estiver bem raspada, parta em pedaços menores e corte em tiras. Eu costumo usar um desses ralos que tem fatiador de batatas, para fazer as tirinhas. Os pedaços que ficam pequenos e não consigo mais passar pelo fatiador, eu corto com faca mesmo. A ideia é fazer tirinhas.

Agora vem o preparo mesmo. Em uma panela grande, coloque água pela metade e um pouco de sal. Para uma melancia de 5 quilos, uma colher de sopa de sal basta. A intenção aqui é dar uma ferventada nas tirinhas, para tirar aquela parte amarga que fica na casca, que o pessoal chama de “leite” em mamão e outras frutas. Espere a água com sal começar a ferver, jogue as tirinhas lá dentro e deixe por uns 5 minutos. Considere isso como uma “lavada” nas tirinhas.
Escorra e passe em água fria, para tirar o sal.

E é chegada a hora de preparar a calda. Em panela grande, dissolva o açúcar em água (a medida de água não é muito precisa, coloque água pela metade da panela, ou um tanto suficiente para dissolver todo o açúcar. Essa água vai evaporar muito), coloque em fogo alto e junte a canela e o cravo.

Quando a calda começar a ferver, baixe o fogo, porque é hora de colocar as tinhas dentro. Daqui pra frente, é como todo doce. As tirinhas vão murchar um pouco, a calda vai demorar mais de uma hora para engrossar. É importante mexer com colher de vez em quando, para que todas as tirinhas fiquem em contato com a calda. Quando as tirinhas estiverem transparentes e a calda estiver grossa, desligue e coloque para esfriar.

Essa receita tem alguns problemas de medida, porque o tamanho das melancias varia muito, algumas tem a parte branca bem grande, outras quase não tem. Algumas pessoas preferem calda grossa, eu prefiro mais para o líquido que para o pastoso. Tem que ficar atento e provar de vez em quando, para saber se vai precisar de mais açúcar.
Mas é um doce MUITO gostoso, e posso afirmar que vale o trabalho. E, na segunda vez que fizer, fica muito mais fácil!

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Nossa pizza preferida é a “Super Supreme” do Pizza Hut. Lamentavelmente, não temos Pizza Hut em Palmas.
Recentemente, vimos em um site a suposta receita da massa “pan”, usada para fazer a Super Supreme no Pizza Hut!

Foi com paixão e receio que tentamos replicar a receita.
Na segunda vez que fizemos já estava MUITO parecido com a original.
Não é uma receita complicada nem difícil de preparar.
Tivemos entretanto, alguns problemas em encontrar certos ingredientes, como o “sal de alho”  e (acreditem) pepperoni.
Mas uma vez tudo reunido, vamos em frente!
Algumas ponderações sobre a receita:
Essa receita é calculada para se fazer 3 pizzas. Leve isso em consideração, se quiser fazer mais ou menos.
A pizza Super Supreme é altamente configurável, o cliente tem a liberdade de escolher quais “tops” (ingredientes de recheio) ela deve ter.

Assim, é provável que você queria testar recheios diferentes.
Mas nessa receita, nós relacionamos os “tops” tradicionais. Justamente por isso, os ingredientes para o recheio são suficientes para apenas UMA pizza. Se for fazer todas iguais, triplique os ingredientes do recheio. Se for usar outros “tops” considere nunca colocar mais que 9 ingredientes diferentes ou mais do que 2 tipos de queijo.
Outros “tops” possíveis seriam frango, catupiry, vegetais, carnes processadas ou defumadas.

Eu normalmente faço as 3 iguais, mas se quiser experimentar variações, vá em frente!
Mas faça pelo menos uma com o recheio tradicional. Eu particularmente, acho perfeita!  (Mas gosto de colocar também lombo canadense e tomate seco)

Tomate seco Com tomate seco, lombo canadense e MUITO champignon

Ingredientes
Molho (Este molho é o suficiente para 3 pizzas)
- 1 lata de molho de tomate (simples, sem tempero e, se possível, sem sal)
- 1 colher (chá) orégano
- 1/2 colher (chá) de manjerona
- 1/2 colher (chá) manjericão desidratado
- 1/2 colher (chá) de sal de alho (vendido em supermercado)
Massa (Essa receita faz massa para 3 pizzas)
- 30 g de fermento biológico
1 colher (sopa) de açúcar granulado
- 1/2 colher (chá) de sal
- 1/4 xícara (chá) de leite em pó desnatado
- 300 ml água morna (40ºC)
- 250 ml óleo vegetal (85 ml por pizza)
- 4 xícaras (chá) de farinha de trigo
- 2 colheres (sopa) de óleo vegetal (na assadeira)
- Manteiga em aerosol para untar.

Recheio (Este recheio é o suficiente para 1 pizza)
1/2 xícara de pepperoni, fatiado fino.
1/2 xícara de presunto, cortado em cubos pequenos.
1/2 xícara de champignon, fatiado
1/2 xícara de pimentão verde, fatiado fino, sem sementes.
1/2 xícara de cebola roxa, fatiada.
1/2 xícara de azeitonas pretas sem caroços, fatiadas.
1 e 1/2  xícaras de queijo mussarela ralado.
1/2 xícara de abacaxi em calda (daqueles em lata), picado em cubos pequenos.
A receita original apresenta um componente (top) chamado “carnes especiais”. Esse top é composto de:
1/4 de xícara de carne de porco assada, cortada em pequenos cubos.
1/4 de xícara de lingüiça calabresa defumada, cortada em pequenos cubos.

Muito abacaxi
Com MUITO abacaxi

Modo de Preparo
Para o molho: misture bem todos os ingredientes e deixe descansar por 1 hora.
Para a massa; misture o fermento, açúcar, sal, e o leite em pó em uma vasilha grande. Adicione a água morna e misture bem. Deixe descansar por 2 minutos. Acrescente o óleo e misture bem. Misture a farinha até a massa se formar e absorver a farinha. Coloque a massa em uma superfície lisa e sove por aproximadamente 10 minutos. Divida a massa em 3 bolas. Abra a massa em um disco de aproximadamente 23 cm. Coloque na assadeira untada com óleo. Passe um pouco de manteiga nas bordas da massa, aproximadamente 1,5 cm da borda. Cubra com um pano de prato e deixe descansar em uma área aquecida por aproximadamente 2 horas.
Aqueça o forno a (250ºC).
Espalhe com 1 colher 1/3 do molho sobre a massa, deixando a borda sem molho (a mesma borda que você tinha passado manteiga).
Distribua 1/2 xícara de queijo mussarela sobre o molho. Espalhe todos os ingredientes, menos o abacaxi. Cubra com a xícara restante de queijo mussarela e espalhe o abacaxi por cima.
Asse por 15  20 minutos, até o queijo borbulhar e a massa da borda ficar bem dourada. Corte em seis pedaços.


No Pizza Hut ela é servida com azeite, pimenta calabresa em flocos e queijo parmesão ralado. Eu pessoalmente, acho a pimenta calabresa fundamental!!
Se fizer, não esqueça de nos contar como ficou!!






















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Essa é uma receita muito gostosa, mas um bocado trabalhosa de se fazer.
Se decidirem preparar essa, vão comer uma carne de porco com um gosto completamente diferente!
Curiosamente, eu descobri essa receita em um filme mexicano, e levou algum tempo até que eu conseguisse fazer funcionar.
Mas é muito bom, vale a pena.

Dessa vez, vou listar primeiro o que precisa usar, para depois explicar como preparar.
Vamos lá:

O Puerco Pibil é uma receita para ser feita por partes.
A primeira é o preparo do tempero.

5 Colheres de sopa Sementes de Urucum
2 Colheres de sopa de Cominho
1 Colher de sopa de pimenta do reino
8 pimentas da Jamaica
1/2 colher de chá de cravos

Triture tudo junto, até reduzir tudo a um pó uniforme. Separe esse tempero.

Agora, prepare a parte líquida.

2 pimentas habanero (Podem ser substituídas por malagueta ou dedo-de-moça) picadas - tire sementes e as partes brancas.
1/2 xícara de suco de laranja.
1/2 xícara de vinagre de maçã.
8 dentes de alho bem picados.
5 limões.

2 colheres de chá de sal.
1 copo americano de tequila.

Misture o suco de laranja com o vinagre e a pimenta, duas colheres de chá de sal e os oito dentes de alho, bem picados.
Quanto estiver homogêneo, misture o tempero em pó que você separou.
Misture bem até ficar tudo com a mesma cor.
Acrescentar o suco dos cinco limões e a tequila.

Isso conclui a preparação do molho. Deixe descansar por uma meia hora, enquanto prepara a carne.

2kg de pernil de porco - cortes cúbicos de 5cm.
Folhas de bananeira, frescas e lavadas.
Barbante grosso
.

De preferência pelo pernil já sem o osso. Se comprar o pernil inteiro, quando for desossar, retire o máximo de gordura que puder. Mas é necessário que sejam 2 quilos de carne, sem osso, por causa da quantidade de tempero.

Coloque os pedaços da carne em um saco plástico e despeje o molho sobre eles.
O saco deve ser específico para alimentos (para não deixar cheiro ou gosto), e grande o suficiente para caber toda a carne mais o molho.
Depois de fechar bem o saco, dê uma boa balançada nele, para que todos os pedaços de carne fiquem em contato com o molho.

Tenha certeza de que todos os pedaços estão em contato com o molho e deixe a carne marinar  por 24 horas.
No dia seguinte, na hora de colocar a carne para assar, é preciso preparar a assadeira.

Antes de tudo, corte pedaços de barbante grandes o suficiente para dar duas voltas na assadeira. Pegue esses pedaços de barbante e coloque no fundo da assadeira, com as pontas sobrando para fora. Coloque pelo menos 3 pedaços na lateral mais larga e dois pedaços na lateral mais estreita da assadeira.
Depois, por cima dos barbantes, forre a assadeira com folhas de bananeira. Use folhas suficientes para cobrir toda a forma. Da mesma forma que os barbantes, as folhas de bananeira também devem ficar sobrando para fora da assadeira.
Retire a carne do saco plástico e espalhe sobre as folhas de bananeira. Derrame também todo o tempero que houver ficado dentro do saco. Espalhe bem os pedaços de carne, para ocupar toda a área da assadeira.



Os mexicanos tem uma técnica bem legal para fechar as folhas de bananeira, usando as próprias folhas como cordas, mas não é fácil e é claro que eu não consegui fazer.
Então, dobre as folhas de bananeira por cima, embrulhando toda a carne. Amarre tudo firmemente com os barbantes, para que não vaze carne ou molho para fora das folhas de bananeira.

Depois disso, pre-aqueça o forno em 160º e deixar assar por 4 horas (Sim, QUATRO horas).

É bom calcular bem os horários, saber quando começar a preparar e quando a comida vai ser servida.

Se você planeja fazer esse prato para o almoço (por volta do meio dia), é bom começar a preparar tudo às 07:00 horas do dia anterior. Antecedência nessa receita é fundamental.
Faça o tempero e o molho logo de manhã, e já tenha a carne pronta, cortada em pedaços. Tenha tudo pronto e dentro do saco plástico até as 08:00 da manhã, para no dia seguinte, no mesmo horário, colocar tudo no forno.

Guacamole, arroz branco, salada de verduras ou mesmo Chili são bons acompanhamentos.

É um prato extremamente saboroso e diferente de  tudo que eu já havia comido!