Essa é outra receita de família. Não conheço a origem, chegou a mim pela minha tia, que aprendeu com a mãe dela.
Para mim, tem aquele gostinho de infância, mas mesmo quem não teve essa iguaria nos primeiros anos de vida vai concordar que o sabor é MUITO bom!!
Como todas as boas receitas de família, as medidas são sempre meio confusas, o pessoal faz "no olho" mesmo, sem se preocupar com padrões. Para poder escrevê-la, eu fiz a receita três vezes, medindo e anotando tudo, para ter o modo de preparo com medidas certas e com o sabor correto.
Com relação aos ingredientes, a minha família é grande, então a quantidade pode parecer exagerada, mas é sempre possível fazer meia receita.

Ingredientes:

1 quilo de moelas de galinha
4 cebolas grandes
3 cubos de caldo de galinha (Ou 3 pacotinhos em pó)
350 gramas de farinha de mandioca
1 colher de sopa de pimenta calabresa desidratada
4 colheres de sopa de molho de tomate
5 colheres de sopa de azeite
1/2 colher de sopa de sal
1 colher de chá rasa de açúcar
Pimenta chili em pó (opcional)

Ingredientes

Modo de preparo:

Primeiro de tudo, é preciso limpar as moelas. Podemos comprar coxas e peitos de frangos BEM limpos e desossados, mas corações e moelas nunca vêm da maneira certa para serem preparados. Então, é necessário um cuidado especial antes de começar a preparar.
Com uma faca pequena, retire toda a parte amarelada das moelas. São fibras e gordura. Depois, cubra as moelas com água quente e meia xícara de vinagre e deixe descansar por 20 minutos. Escorra, lave com água corrente e corte as moelas em 3 ou 6 pedaços (depende do tamanho delas).

Moelas limpas e as partes amarelas e gorduras já retiradas.

As moelas precisam ser cozidas. Para cozinhá-las em panela comum, coloque 4 vezes a quantidade de água suficiente para cobri-las. Dissolva os 3 cubos de caldo de galinha na água (ou os 3 pacotinhos).
Para ficarem BEM macias, deixe ferver por duas horas e meia. (Eu não gosto de panela de pressão. Tenho trauma de panela de pressão. Tenho horror a panela de pressão. Mas se for usar uma dessas, deixe cozinhar por 20 a 25 minutos, depois que a panela começar a chiar.)

Moelas cozidas, já escorridas

Escorra a água, coloque um pouco de azeite e frite rapidamente com as 4 cebolas fatiadas
(As cebolas devem ser suficientes para cobrir as moelas. Se forem cebolas muito pequenas, é bom fatiar um pouco mais).

Adicione a 1/2 colher de sal, durante a fritura.

Moelas fritas com as cebolas

Depois de fritar rapidamente as cebolas com as moelas (o suficiente para amolecer as cebolas mas não para queimar as moelas), acrescente a farinha de mandioca e misture bem.

Essa é a hora de colocar pimenta calabresa. Eu gosto dela bem ardida, mas você pode ir colocando aos poucos, até chegar ao sabor de sua preferência.
Se quiser extra-ardida, coloque também um pouco de pimenta chili em pó!

As moelas fritas com cebola, já com a farinha, recebendo a pimenta

Quando a farinha estiver bem misturada, coloque um pouco de molho de tomate, o suficiente para dar um pouco de cor e gosto, mas cuidado para não colocar demais, para a farinha não ficar muito grudada. Coloque também a colher de chá de açúcar, espalhando bem sobre a farofa. O açúcar não é para adoçar, é apenas para cortar a cica, a acidez do tomate.

Acrescentando o molho de tomate

Deixe esfriar e pronto! Não guarde na geladeira. Coloque em uma vasilha com tampa e sempre use uma colher limpa, para servir. Estando em uma vasilha bem fechada, ela permanece saborosa por vários dias.


 
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Antes da receita, um poquinho de história:
O Panettone como o conhecemos foi criado em Milão, Itália. A receita atual vem de um registro feito em 1919, por Angelo Mota, que modificou uma receita mais antiga.
“Panetto” significa pão em italiano e o sufixo “one” é um superlativo, como o nosso “ão”. Panettone, então, quer dizer “Pão Grande”, literalmente “Pãozão”
 
A origem do pão original, que inspirou a criação do Panettone, remonta ao Império Romano, onde era feito com fermento, frutas e mel.
Existem muitas lendas, entretanto, para o nome. São lendas, mas acrescentam uma aura pitoresca.
Uma delas diz que o Panettone foi criado no século XVIII para a ceia dos cardeais na noite de natal. Se chamaria "Pane di Tono" ou “Pan del Ton” (Bolo de Luxo).
Outra lenda narra, em uma história de amor do século XV, que a jovem Adalgisa, filha de um padeiro chamado Toni, se apaixonara pelo nobre Ughetto Atellani. O nobre, também tomado pela paixão, se disfarça de padeiro e inventa o panettone, nomeando-o com o nome do futuro sogro e, com isso, enriquece a família de sua amada.
Nessa versão, o Panettone se chamaria, originalmente, “Pan de Toni”.
 
Já a “Torrada Francesa” (também conhecida por “Torrada Cigana” e “Omelete de Pão”) tem origem mais simples e mais antiga. Historiadores encontraram referências sobre ela em escritos do século IV. Acredita-se que tenha sido criada na Espanha ou França, mas é uma receita tão simples que ambas versões podem estar corretas.
No século XV, a torrada era chamada “Pain Perdu”, e era feita para aproveitar o pão que já não servia para comer. Esse nome é usado até hoje na França.
No Brasil e em Portugal, existe uma versão bem parecida chamada Rabanada. As diferenças são mínimas, já que a Torrada Francesa é extremamente versátil, pode ser doce ou salgada, pode ser a refeição ou parte dela.
Por padrão, a Torrada Francesa é feita com pão frances amanhecido. Mas, claro, funciona também com pão de cachorro quente, pão de forma, pão italiano. Lliteralmente, qualquer tipo de pão.
 
Esse que vamos mostrar é feito com fatias de Panettone, e nós absolutamente AMAMOS o sabor!
E é uma refeição! Uma fatia é como um almoço!!
 
Ingredientes
Uma fatia de panettone (mais ou menos um centímetro de espessura)
Um ovo para cada torrada
Três colheres de sopa de leite para cada torrada
Uma pitada de sal, outra de pimenta do reino, outra de canela em pó
Manteiga ou azeite para fritar
 
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Modo de Preparo
O panettone tem que ser cortado em discos. A parte de cima não serve para fazer a torrada. Tire a parte de cima.

 
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 Tire aparte de cima do panettone

Corte discos de aproximadamente um centímetro de espessura, tantos quantas sejam as torradas que você queira fazer.

0-DSCF0869Discos de panettone
 
Bata o ovo (ou ovos) com o sal, pimenta do reino e canela em pó.
 
0-DSCF0870 Ovos com condimentos

Bata com garfo ou fuê até unificar. Quando estiver bem batido, coloque as fatias de molho, rapidamente. Não deixe encharcar, mas tenha certeza que os dois lados estão bem molhados.
Derreta a manteiga ou coloque o azeite na frigideira, e espere aquecer um pouco.
Coloque a fatia para fritar, como se fosse um bife!


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Frite igualmente dos dois lados

Frite em fogo baixo, para não ficar com ovo mole por dentro. Não aperte enquanto estiver fritando. Se apertar, ele não fica fofinho.
Quando estiver bem frito dos dois lados, está pronta!
Sirva com geleia, mel, frutas em compotas ou com requeijão cremoso.
Lembre-se que o panettone é um pão doce, então observe a quantidade de cobertura que vai usar. Algumas geléias, como a de morango, já são muito doces. Convém usar pouca cobertura ou alguma menos doce.
Mas funciona muito bem também com presunto, peito de frango ou peito de peru. Essa é mesmo uma daquelas iguarias para se comer com as sobras do natal!

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frenchtoast
A “Torrada Francesa”, também conhecida por “Rabanada”, “Torrada Cigana” e “Omelete de Pão”, tem origem antiga.
Historiadores encontraram referências sobre ela em escritos do século IV. Acredita-se que tenha sido criada na Espanha ou França, mas é uma receita tão simples que ambas versões podem estar corretas.
Na França, é chamada de “Pain Perdu” (Pão Perdido) porque era feita para aproveitar o pão que já não servia para comer. Esse nome é usado até hoje na França.
Em vários países do mundo é chamada de “Torrada Francesa” em uma referência ao seu (possível) país de origem.
Em Portugal (e por causa da colonização, em alguns lugares do Brasil), existe uma versão bem parecida chamada Rabanada. As diferenças são mínimas, mais baseadas em disponibilidade de matéria prima que pela própria receita original.
A Torrada Francesa é extremamente versátil, pode ser doce ou salgada, pode ser a refeição ou parte dela.
Por padrão, a Torrada Francesa é feita com pão francês amanhecido. Mas funciona com qualquer tipo de pão; pão de cachorro quente, pão sírio grosso, pão italiano, qualquer um.
Particularmente, gostamos da feita com pão de forma.
A receita é bem simples, seguimos o padrão 1, 2, 3:

Ingredientes
1 ovo
2 fatias de pão de forma
3 colheres de sopa de leite
Manteiga ou azeite para fritar

Essa-01a
Como um ovo dá para duas torradas, é só ir dobrando, para fazer mais.
Modo de Preparo
Bata os ovos em uma vasilha, com garfo ou fuê.
Coloque uma pitada de pimenta do reino e outra de sal, mesmo que você vá comê-la com algo doce.
Acrescente o leite e misture mais um pouco. A mistura deve ficar unificada.

Essa-02a
Aqueça a frigideira, já com a manteiga ou azeite para a fritura.
Passe a fatia de pão pela mistura. Vire para ter certeza que está bem molhado dos dois lados. Cuidadopara não encharcar a fatia de pão. Minha mão é grande, eu seguro a fatia sobre os dedos abertos, com facilidade. Se sua mão for pequena, considere usar uma espátula vazada.
Frite a fatia em fogo baixo. Vire de vez em quando para ver se o outro lado já está bom. Evite apertar a fatia com a espátula enquanto frita. Pode até fritar mais rápido, mas ela vai ficar “solada”. Deixe fritar normalmente, para ficar macia.
Não precisa escorrer.
Você pode usar duas torradas francesas para fazer um sanduiche de presunto e queijo!!
torrada de pao caseiro
Sanduiche de presento e queijo com torradas francesas

Você pode comê-las com frutas, geleias e compotas!
french toast 008-1Morango e coco ralado
lactose_free_french_toast_recipe
Geleia de abacaxi e mel



Você pode fazer uma versão “mexicana” com pimenta calabresa! Pode comer com carne moída, frutas frescas, sovetes e caldas!



Estou em Anápolis, minha cidade natal, a terceira maior população do Estado de Goiás e segunda maior economia.
A cidade cresceu demais desde que nasci, mas algumas coisas continuam as mesmas, felizmente!


Adília, minha irmã mais velha, acabou por se tornar a portadora de nossa cultura culinária familiar e ancestral.

É ela quem sabe de cabeça como fazer as receitas e como medir aquelas porções difíceis de calcular, como "um punhado" ou "vai colocando até dar o ponto"...

Fui presenteado, nesses dias que estou aqui, com uma porção imensa de "Pamonha de Panela" e a coisa é tão boa que me sinto obrigado a compartilhar.





Linguiça Calabresa, queijo e cebola


Massa de 6 espigas de milho (Um quilo)

Ingredientes 
6 espigas de milho, bem raladas (ou um quilo de massa).

1/2 cebola picada.
4 colheres de sopa de óleo (bem cheias).
200 gramas de linguiça calabresa picadinha.
150 gramas de queijo mussarela picado.
Sal, pimenta do reino, salsa e cebolinha a gosto. (Com pimenta calabresa em flocos também fica bem legal!!!)

Modo de preparo 

Aqueça o óleo e refogue a cebola rapidamente, até ficar transparente. 
Cebola fritando
Acrescente a linguiça e frite. Mas não frite até torrar, ela deve ficar macia.
Fritando a linguiça
Coloque a massa de milho, mexendo sempre.
Adicionando a massa do milho
Mantenha em fogo brando, mexendo sempre. Em alguns minutos, a massa começará a ficar firme. 
Massa firme
Fique observando a consistência e a cor, até perceber que o milho já está cozido. Quando cozido, ele perde a aparência líquida e fica com um tom amarelo forte, mais escuro. 
Se ficar muito duro, acrescente um pouco de água. 
Estando com uma consistência boa para comer com garfo, acrescente o queijo picado e os temperos.
Acrescentando o queijo e os temperos
Assim que estiver bem temperado e firme, retire do fogo e sirva imediatamente.
Eu comi durante o lanche da tarde e acredito que não é um prato para ser acompanhado por outros alimentos. 
Minha irmã, entretanto, me disse que pode ser servido no almoço e pode ser acompanhado por arroz, feijão e carne picada. 
Nossa amiga Rita disse que com costelinha de porco fica ótimo!!

11 
O kibe, originalmente Kibbeh ou kibbe (mas também conhecido por kubbeh, kebbah e kubbi) é uma receita de origem imprecisa, mas é aceito que foi criada na região do Levante, uma área extensa do Oriente Médio que vai do Mar Mediterrâneo até o Deserto da Arábia. Nessa área se encontram Israel, Jordânia, Líbano, Síria e os Territórios Palestinos. Sua receita original ainda é praticamente a mesma da usada hoje em dia. Ele normalmente era feito com carne de cordeiro, cabra ou camelo.
Essa receita que estamos postando é de família.
Na cidade onde o Ferreira nasceu havia uma grande colônia sírio-libanesa, e eu acho que as amizades naquela época eram todas forjadas ao sabor da culinária.
Claro, a tia que nos ensinou esta receita fez suas tantas alterações, criando sua própria versão de "kibe".


Ingredientes
1 quilo de carne patinho, sem gordura e bem moído.
1/2 quilo de trigo para kibe.
1 limão.
3 cebolas médias.
2 dentes de alho.
100 gramas de queijo mussarela fatiado.
10 gramas de hortelã.
15 gramas de canela em pó.
1 colher de sopa de sal.
3 colheres de azeite extra virgem.
1 colher de chá de seu tempero preferido.

Modo de preparo
Comece colocando o trigo de molho em uma vasilha com água. A água deve ultrapassar a quantidade de trigo, que deve ficar todo submerso. Algumas pessoas usam água quente para o trigo amolecer mais rápido. Realmente é mais rápido, mas cuidado para não "cozinhar" o trigo. Eu costumo trocar a água e escorrer o trigo por três vezes, até a água sair bem clarinha.
Se for em água fria, deixe o trigo por 15 minutos. Se for em água quente, 10 minutos.

02 Cebola e dentes de alho fritando
Enquanto o trigo amolece, fatie uma cebola e os dentes de alho em pedaços bem fininhos. Coloque para fritar em uma colher de azeite.
Quando começarem a dourar, acrescente um terço da carne moída e o seu tempero preferido. Misture até que a carne não esteja mais vermelha, e deixe no fogo mais um pouco para secar o caldo. Essa carne será parte do recheio, e vai precisar estar bem sequinha.

04 Carne fritando com a cebola e alho
Com o trigo já amolecido e lavado, acrescente o restante da carne, as outras duas cebolas, também bem picadinhas, a hortelã, a canela em pó, o sal e o caldo do limão. Se encontrar hortelã fresca é melhor, mas temos dificuldades em achar. Por isso, usamos um pacotinho de hortelã desidratada. Não é a melhor opção, mas na falta da erva fresca é uma alternativa.
Misture tudo muito bem até unificar. Vale provar e ver como está o tempero, algumas pessoas gostam com um pouco mais de sal.

03 
 Carne misturada com o trigo hidratado, cebolas, hortelã, canela em pó e sal.

Unte uma forma com uma colher de azeite. Separe a massa do quibe em três (3) partes iguais. Faça uma bola com duas partes da massa do quibe e coloque no centro da forma. Abra o quibe ao meio, como indicado na foto. Deve parecer cum uma piscina ou uma cratera!!
05
Massa do quibe aberta na forma.
Agora, use metade do queijo fatiado para forrar a parte interna da massa de quibe. Coloque as fatias de queijo de uma tal forma que toda a parte de baixo fique coberta, como mostra a foto.
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Queijo forrando a massa de quibe.
Agora coloque a carne moída frita sobre o queijo.
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Carne moída frita por cima do queijo.
Com a metade restante do queijo, cubra toda a carne moída. Coloque as fatias de queijo de uma tal maneira que a carne moída frita fique toda coberta!
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Carne moída toda coberta com o queijo.
Pegue a parte da massa do quibe que restou e faça uma "tampa" com ela, cobrindo  todo o queijo e unificando as bordas. Unifique até ficar com uma aparência de "bola" como na foto abaixo.
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Uma bola de quibe cru, recheada com queijo e carne moída frita!
Com uma faca, faça pequenas marcas sobre a bola de quibe, não muito fundo, para não encostar no queijo. Apenas pequenas depressões pare reter o azeite.
Derrame sobre a bola o azeite restante. Faça lentamente para que o azeite escorra por dentro das marcas feitas com a faca.

10 Bola de quibe cru, com pequenas depressões e azeite!
Coloque para assar em forno médio (200º) por 40 minutos. Se preferir o quibe mais torradinho, deixe por mais 15 minutos.
Os acompanhamentos podem ser extremamente variados. Vão desde o clássico pão sírio (também chamado de "pão árabe") com azeite ao suave creme de hortelã ou ao homus (Não confunda "homus" com "humus"; esse não presta pra comer, de jeito nenhum!!), de gosto muito presente. Tabule e Chancliche com zaatar são ótimos acompanhamentos também. Vamos fazer um outro post, ensinando como fazer alguns destes.
Custo aproximado: R$ 35,00
Tempo de preparo: 65 minutos
Rendimento: 8 pessoas

Algumas pessoas gostam de colocar castanhas no quibe. Fica até interessante, embora não seja nosso costume. Mas é uma idéia atraente, pode-se usar castanhas do Pará ou castanhas de caju. Se decidir colocar castanhas no kibe, elas não devem ser salgadas e devem estar bem torradinhas.
Nós gostamos de comer com pão sírio, azeite, pimenta calabresa e gotinhas de limão!