Antes da receita, um poquinho de história:
Existem muitas lendas, entretanto, para o nome. São lendas, mas acrescentam uma aura pitoresca.
Uma delas diz que o Panettone foi criado no século XVIII para a ceia dos cardeais na noite de natal. Se chamaria "Pane di Tono" ou “Pan del Ton” (Bolo de Luxo).
Nessa versão, o Panettone se chamaria, originalmente, “Pan de Toni”.
E é uma refeição! Uma fatia é como um almoço!!
Um ovo para cada torrada
Três colheres de sopa de leite para cada torrada
Uma pitada de sal, outra de pimenta do reino, outra de canela em pó
Manteiga ou azeite para fritar
O panettone tem que ser cortado em discos. A parte de cima não serve para fazer a torrada. Tire a parte de cima.
Tire aparte de cima do panettone
Corte discos de aproximadamente um centímetro de espessura, tantos quantas sejam as torradas que você queira fazer.
Bata com garfo ou fuê até unificar. Quando estiver bem batido, coloque as fatias de molho, rapidamente. Não deixe encharcar, mas tenha certeza que os dois lados estão bem molhados.
Derreta a manteiga ou coloque o azeite na frigideira, e espere aquecer um pouco.
Coloque a fatia para fritar, como se fosse um bife!
Frite igualmente dos dois lados
Frite em fogo baixo, para não ficar com ovo mole por dentro. Não aperte enquanto estiver fritando. Se apertar, ele não fica fofinho.
Quando estiver bem frito dos dois lados, está pronta!
Sirva com geleia, mel, frutas em compotas ou com requeijão cremoso.
Lembre-se que o panettone é um pão doce, então observe a quantidade de cobertura que vai usar. Algumas geléias, como a de morango, já são muito doces. Convém usar pouca cobertura ou alguma menos doce.
Mas funciona muito bem também com presunto, peito de frango ou peito de peru. Essa é mesmo uma daquelas iguarias para se comer com as sobras do natal!
Na França, é chamada de “Pain Perdu” (Pão Perdido) porque era feita para aproveitar o pão que já não servia para comer. Esse nome é usado até hoje na França.
Em vários países do mundo é chamada de “Torrada Francesa” em uma referência ao seu (possível) país de origem.
Em Portugal (e por causa da colonização, em alguns lugares do Brasil), existe uma versão bem parecida chamada Rabanada. As diferenças são mínimas, mais baseadas em disponibilidade de matéria prima que pela própria receita original.
A Torrada Francesa é extremamente versátil, pode ser doce ou salgada, pode ser a refeição ou parte dela.
Ingredientes
1 ovo
2 fatias de pão de forma
3 colheres de sopa de leite
Manteiga ou azeite para fritar
Bata os ovos em uma vasilha, com garfo ou fuê.
Coloque uma pitada de pimenta do reino e outra de sal, mesmo que você vá comê-la com algo doce.
Acrescente o leite e misture mais um pouco. A mistura deve ficar unificada.
Aqueça a frigideira, já com a manteiga ou azeite para a fritura.
Passe a fatia de pão pela mistura. Vire para ter certeza que está bem molhado dos dois lados. Cuidadopara não encharcar a fatia de pão. Minha mão é grande, eu seguro a fatia sobre os dedos abertos, com facilidade. Se sua mão for pequena, considere usar uma espátula vazada.
Frite a fatia em fogo baixo. Vire de vez em quando para ver se o outro lado já está bom. Evite apertar a fatia com a espátula enquanto frita. Pode até fritar mais rápido, mas ela vai ficar “solada”. Deixe fritar normalmente, para ficar macia.
Você pode usar duas torradas francesas para fazer um sanduiche de presunto e queijo!!
Você pode comê-las com frutas, geleias e compotas!
Você pode fazer uma versão “mexicana” com pimenta calabresa! Pode comer com carne moída, frutas frescas, sovetes e caldas!
Estou em Anápolis, minha cidade natal, a terceira maior população do Estado de Goiás e segunda maior economia.
A cidade cresceu demais desde que nasci, mas algumas coisas continuam as mesmas, felizmente!
Adília, minha irmã mais velha, acabou por se tornar a portadora de nossa cultura culinária familiar e ancestral.
É ela quem sabe de cabeça como fazer as receitas e como medir aquelas porções difíceis de calcular, como "um punhado" ou "vai colocando até dar o ponto"...
Fui presenteado, nesses dias que estou aqui, com uma porção imensa de "Pamonha de Panela" e a coisa é tão boa que me sinto obrigado a compartilhar.
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Linguiça Calabresa, queijo e cebola |
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Massa de 6 espigas de milho (Um quilo) |
Ingredientes
6 espigas de milho, bem raladas (ou um quilo de massa).
1/2 cebola picada.
4 colheres de sopa de óleo (bem cheias).
200 gramas de linguiça calabresa picadinha.
150 gramas de queijo mussarela picado.
Sal, pimenta do reino, salsa e cebolinha a gosto. (Com pimenta calabresa em flocos também fica bem legal!!!)
Modo de preparo
Aqueça o óleo e refogue a cebola rapidamente, até ficar transparente.
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Cebola fritando |
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Fritando a linguiça |
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Adicionando a massa do milho |
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Massa firme |
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Acrescentando o queijo e os temperos |
O kibe, originalmente Kibbeh ou kibbe (mas também conhecido por kubbeh, kebbah e kubbi) é uma receita de origem imprecisa, mas é aceito que foi criada na região do Levante, uma área extensa do Oriente Médio que vai do Mar Mediterrâneo até o Deserto da Arábia. Nessa área se encontram Israel, Jordânia, Líbano, Síria e os Territórios Palestinos. Sua receita original ainda é praticamente a mesma da usada hoje em dia. Ele normalmente era feito com carne de cordeiro, cabra ou camelo.
Essa receita que estamos postando é de família.
Na cidade onde o Ferreira nasceu havia uma grande colônia sírio-libanesa, e eu acho que as amizades naquela época eram todas forjadas ao sabor da culinária.
Claro, a tia que nos ensinou esta receita fez suas tantas alterações, criando sua própria versão de "kibe".
Ingredientes
1 quilo de carne patinho, sem gordura e bem moído.
1/2 quilo de trigo para kibe.
1 limão.
3 cebolas médias.
2 dentes de alho.
100 gramas de queijo mussarela fatiado.
10 gramas de hortelã.
15 gramas de canela em pó.
1 colher de sopa de sal.
3 colheres de azeite extra virgem.
1 colher de chá de seu tempero preferido.
Modo de preparo
Comece colocando o trigo de molho em uma vasilha com água. A água deve ultrapassar a quantidade de trigo, que deve ficar todo submerso. Algumas pessoas usam água quente para o trigo amolecer mais rápido. Realmente é mais rápido, mas cuidado para não "cozinhar" o trigo. Eu costumo trocar a água e escorrer o trigo por três vezes, até a água sair bem clarinha.
Se for em água fria, deixe o trigo por 15 minutos. Se for em água quente, 10 minutos.
Enquanto o trigo amolece, fatie uma cebola e os dentes de alho em pedaços bem fininhos. Coloque para fritar em uma colher de azeite.
Quando começarem a dourar, acrescente um terço da carne moída e o seu tempero preferido. Misture até que a carne não esteja mais vermelha, e deixe no fogo mais um pouco para secar o caldo. Essa carne será parte do recheio, e vai precisar estar bem sequinha.
Com o trigo já amolecido e lavado, acrescente o restante da carne, as outras duas cebolas, também bem picadinhas, a hortelã, a canela em pó, o sal e o caldo do limão. Se encontrar hortelã fresca é melhor, mas temos dificuldades em achar. Por isso, usamos um pacotinho de hortelã desidratada. Não é a melhor opção, mas na falta da erva fresca é uma alternativa.
Misture tudo muito bem até unificar. Vale provar e ver como está o tempero, algumas pessoas gostam com um pouco mais de sal.
Unte uma forma com uma colher de azeite. Separe a massa do quibe em três (3) partes iguais. Faça uma bola com duas partes da massa do quibe e coloque no centro da forma. Abra o quibe ao meio, como indicado na foto. Deve parecer cum uma piscina ou uma cratera!!
Derrame sobre a bola o azeite restante. Faça lentamente para que o azeite escorra por dentro das marcas feitas com a faca.
Coloque para assar em forno médio (200º) por 40 minutos. Se preferir o quibe mais torradinho, deixe por mais 15 minutos.
Os acompanhamentos podem ser extremamente variados. Vão desde o clássico pão sírio (também chamado de "pão árabe") com azeite ao suave creme de hortelã ou ao homus (Não confunda "homus" com "humus"; esse não presta pra comer, de jeito nenhum!!), de gosto muito presente. Tabule e Chancliche com zaatar são ótimos acompanhamentos também. Vamos fazer um outro post, ensinando como fazer alguns destes.
Custo aproximado: R$ 35,00
Tempo de preparo: 65 minutos
Rendimento: 8 pessoas
Algumas pessoas gostam de colocar castanhas no quibe. Fica até interessante, embora não seja nosso costume. Mas é uma idéia atraente, pode-se usar castanhas do Pará ou castanhas de caju. Se decidir colocar castanhas no kibe, elas não devem ser salgadas e devem estar bem torradinhas.
Nós gostamos de comer com pão sírio, azeite, pimenta calabresa e gotinhas de limão!